sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O fenômeno El Niño


De acordo com o previsto pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), o fenômeno El Niño poderá voltar em setembro e outubro, visto que a temperatura da superfície do mar no Pacífico tropical aumentou em julho e agosto deste ano a níveis correspondentes de ser um El Niño. Atualmente, o sistema oceano-atmosfera está neutro, não correspondendo a nada, mas se isso for mesmo confirmado, o fenômeno será de fraca intensidade.
No El Niño, que ocore em intervalos de 2 a 7 anos, os ventos sopram com menos força em todo o centro do Oceano Pacífico, resultando numa diminuição do reaparecimento de águas profundas e na acumulação de água mais quente que o normal na costa oeste da América do Sul e como consequência, a diminuição da produtividade primária e das populações de peixe. Isso ocorre principalmente no fim do ano, daí a designação que significa “O Menino”, referindo-se ao “Menino Jesus”, relacionado com o Natal.
Outra consequência é a alteração do clima em todo o Pacífico equatorial: as massas de ar quentes e úmidas acompanham a água mais quente, provocando chuvas excepcionais na costa oeste da América do Sul e secas na Indonésia e Austrália. Pensa-se que este fenômeno é acompanhado pela deslocação de massas de ar a nível global, provocando alterações do clima em todo o mundo. Por exemplo, durante um ano com El Niño, o inverno é mais quente que a média nos estados centrais dos Estados Unidos, enquanto que nos do sul há mais chuva; por outro lado, os estados do noroeste do Pacífico (Oregon, Washington, Colúmbia Britânica) têm um inverno mais seco. Os verões excepcionalmente quentes na Europa e as secas na África parecem estar igualmente relacionadas com o aparecimento do El Niño. Conhecido como o fenômeno inverso, há o La Niña, caracterizado por temperaturas anormalmente frias, também no fim do ano, na região equatorial do Oceano Pacifico, muitas vezes (mas não sempre) seguindo-se a um El Niño. Também já foi denominado como “El Viejo” (“O Velho”, ou seja, a antítese do “menino”) ou ainda o “Anti-El Niño”.

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