De acordo com o previsto pela Organização
Meteorológica Mundial (OMM), o fenômeno El Niño poderá voltar em setembro e
outubro, visto que a temperatura da superfície do mar no Pacífico tropical
aumentou em julho e agosto deste ano a níveis correspondentes de ser um El Niño.
Atualmente, o sistema oceano-atmosfera está neutro, não correspondendo a nada,
mas se isso for mesmo confirmado, o fenômeno será de fraca intensidade.
No El Niño, que ocore em intervalos de
2 a 7 anos, os ventos sopram com menos força em todo o centro do Oceano
Pacífico, resultando numa diminuição do reaparecimento de águas profundas e na
acumulação de água mais quente que o normal na costa oeste da América do Sul e
como consequência, a diminuição da produtividade primária e das populações de peixe. Isso ocorre principalmente no fim do ano, daí a designação que significa “O Menino”,
referindo-se ao “Menino Jesus”, relacionado com o Natal.
Outra consequência é a alteração do
clima em todo o Pacífico equatorial: as massas de ar quentes e úmidas
acompanham a água mais quente, provocando chuvas excepcionais na costa oeste da América
do Sul e secas na Indonésia e Austrália.
Pensa-se que este fenômeno é acompanhado pela deslocação de massas de ar a
nível global, provocando alterações do clima em todo o mundo. Por exemplo,
durante um ano com El Niño, o inverno é mais quente que a média nos estados
centrais dos Estados Unidos, enquanto que nos do sul há
mais chuva; por outro lado, os estados do noroeste do Pacífico (Oregon, Washington, Colúmbia Britânica) têm um inverno mais
seco. Os verões excepcionalmente quentes na Europa e as secas na África parecem estar igualmente relacionadas
com o aparecimento do El Niño. Conhecido como o fenômeno inverso, há o La Niña, caracterizado por temperaturas anormalmente frias, também no fim do ano, na região equatorial do Oceano Pacifico, muitas vezes (mas não sempre) seguindo-se a um El Niño. Também já foi denominado como “El Viejo” (“O Velho”, ou seja, a antítese do “menino”) ou ainda o “Anti-El Niño”.
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