domingo, 9 de setembro de 2012

1918 - 1933: Da recontrução a crise, nova reconstrução



    Período entre guerras é o nome dado à fase que durou desde o final da 1ª Guerra Mundial até o início da 2ª Guerra Mundial, de 1919 a 1939, marcado por transformações na Europa e uma série de crises econômicas, políticas e sociais que foram, de certa forma, fundamentais para o início da 2ª Guerra Mundial.

    Depois da entrada dos Estados Unidos na Primeira Guerra ao lado da Tríplice Entente fornecendo armamentos, dinheiro e soldados, o fim foi só uma questão de tempo. Os países europeus se encontravam totalmente destruídos e com uma economia extremamente enfraquecida, principalmente a Alemanha, que foi obrigada a assinar o Tratado de Versalhes que impunha várias sanções e restrições como a perda de colônias na África, entrega da região da Alsácia Lorena à França, limitação do exército alemão e pagamento de indenização pelas perdas provocadas aos aliados, o que foi um dos motivos da ascensão do Nazismo no país mais tarde.

    

    Nesse período há uma continuação do capitalismo da fase monopolista e financista, continuação da política imperialista ou neocolonialista, devido aos territórios que países como Inglaterra e França ganharam por consequência da guerra, e também houve grande expansão do socialismo. Para evitar que essa expansão acontecesse, para não sentir as consequências da guerra e para não haver críticas em relação aos motivos da guerra, sem grandes modificações, foi criada uma ideologia (falsas ideias) para que as pessoas não raciocinassem, fazendo assim toda população cair em processo de alienação.


                                                 

    De 1919 a 1925, a Europa viveu um período de reconstrução, contraindo muitos empréstimos dos Estados Unidos, pois seu dinheiro havia sido desvalorizado, tentando recuperar a infraestrutura e produção, e fazendo a importação de bens de consumo. Já nos anos de 1925 a 1929, o período foi de recuperação, onde houve a retomada da produção e diminuição dos empréstimos, ou seja, a produção ainda não lucrava muito, mas pelo menos grandes empréstimos não eram mais necessários.

  

 



Grande Depressão

Também conhecida como a Crise de 29, foi uma crise de superprodução nos Estados Unidos. O país no pós-guerra estava vivendo um período de grande expansão econômica devido a todo o dinheiro, tecnologia e mercadorias que foram oferecidos para a reconstrução dos países europeus (que tinham dívidas a quitar com os EUA) que estavam sofrendo com o fim da Primeira Guerra Mundial. Essa prosperidade econômica gerou o chamado "american way of life" (modo de vida americano). Haviam surgido diversos empregos, os preços dos produtos caíam, a agricultura produzia muito e o consumo era incentivado pela expansão do crédito e pelo parcelamento do pagamento de mercadorias. Porém, depois de um tempo, a economia europeia se restabeleceu e passou a importar cada vez menos dos Estados Unidos. Com essa redução das importações europeias, as indústrias norte-americanas não tinham mais para quem vender. Havia mais mercadorias que consumidores, ou seja, a oferta era maior que a demanda; assim, os preços caíram, a produção diminuiu e, consequentemente, desemprego aumentou. A queda dos lucros, a retração geral da produção industrial e a paralisação do comércio eram evidentes, porém não encontravam paralelo na Bolsa de Valores de Nova York, onde os preços das ações só subiam, alavancados por empréstimos e expectativas fantasiosas. Quando se percebeu a grande mentira em que se vivia na Bolsa, houve rápida e generalizada queda nos preços das ações, entre os dias 24 e 29 de Outubro de 1929, dias que ficaram conhecidos como “black Thursday” a “black Tuesday” e o estopim da Crise de 29. O então presidente Hebert Hoover nada fez durante seu governo de 1929 a 1933, apenas seguindo a cartilha do liberalismo econômico. A partir da eleição de Roosevelt, medidas foram tomadas e o New Deal implantado.

 

 

Alemanha pós-crise

     Depois que a crise mundial do capitalismo e a retirada dos financiamentos dos Estados Unidos tiveram seus efeitos na Alemanha, ela passou a se afundar cada vez mais. No meio de tanto desemprego, marginalização, classe média falida, escalões militares e a alta burguesia, o nazismo parecia ser a solução mais viável. Nas eleições parlamentares alemãs de 1930, o Partido Nacional Socialista (nazista) torna-se o partido com maior representação no Parlamento Alemão, e tão logo, ganhou as eleições presidenciais de 1933. Os alemães viram em Hitler uma salvação para a crise que estavam enfrentando, por consequência, o partido cresceu rapidamente, todos se tornaram adeptos a ele. O fato das pessoas acreditarem tanto nas ideias de Hitler fez com que o presidente alemão Hindenburg oferecesse o cargo de chanceler a ele, que instaurou uma política de repreensão contra seus opositores: os líderes comunistas foram presos em campos de concentração e, posteriormente, executados. Porém, em 1934 o presidente Hindemburg morre e Hitler, até então chanceler, recebe o título de Führer (líder) e continua a implantar o regime nazista na Alemanha e, futuramente nos países ocupados, o que gerou, mais tarde, a Segunda Guerra Mundial. Sua primeira medida como ditador foi a execução de milhares de judeus, comunistas, homossexuais, negros e outros nos campos de concentração. Esse episódio ficou conhecido como Holocausto. Outras medidas para resolver o problema do desemprego foi o investimento em indústrias bélicas, militarização da população e o totalitarismo nazista conteve o avanço do socialismo na Alemanha.
Outros países após a crise
                A generalizada bagunça economica atingiu a Europa, fazendo com que países do centro e oeste europeu sofressem retração em suas economias. Mediante desemprego, fome e insatisfação social, o totalitarismo, com alta intervenção estatal na economia e na forma de regrar a sociedade, surgiu como alternativa para corrigir os erros que o liberalismo propiciou na economia capitalista e, ao mesmo tempo, evitar que o socialismo ganhasse força. Portugal, Espanha, Itália e a já citada Alemanha foram os países europeus que tiveram esse tipo de governo.
            Mesmo não havendo totalitarismo na América do Norte, até os EUA sofreram intervenção estatal para sair da crise, contrariando a regra do liberalismo.  
            Outro fato curioso foi a então recente União Soviética passar incólume pela crise de 29. Por estar economicamente isolada do mundo, depois que sofreu a Revolução Solialista de 1917, não teve como sofrer os efeitos da crise mundial.  

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