segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Cotas: uma forma de enganar o povo

Igualando os desiguais

Sancionada, pela presidente Dilma Roussef, a lei que reserva 50% das vagas de universidades federais para alunos oriundos de escolas públicas, uma crescente discussão vem tomando conta do país. A entrada de estudantes despreparados no ensino superior pode causar uma deficiência na manutenção da qualidade de seu ensino. Além disso, será que a Lei de Cotas não seria uma maneira de corrigir distorções na precária educação pública?
As universidades federais respondem por 86% dos artigos científicos publicados internacionalmente, conforme mostrou a revista Veja. Isso só é possível quando a instituição atrai para si os professores e alunos mais bem preparados. Com a imposição da política de cotas, o ensino dessas faculdades poderá ser afetado, devido a entrada de estudantes sem uma boa base educacional. A culpa de tal desnível não é dos cotistas, mas das escolas.
A Lei de Cotas não passa de uma forma de reparar as injustiças sociais. Essa política possui validade de dez anos a contar de sua publicação. Porém, seria muito mais vantajoso para todo o país que, nesse mesmo período de tempo, o governo investisse na educação de base das escolas públicas. Pelo menos dessa forma, esses alunos teriam a chance de disputar de igual para igual com estudantes de outras instituições, não precisando que as universidades federais tivessem que se preocupar em ensinar a quem não aprendeu o que deveria nos anos precedentes.
Portanto, o ideal seria realizar mudanças radicais no ensino de base público, pois dessa forma não haveria desníveis de qualidade das universidades federais e todos os jovens, tanto os de baixa quanto os de alta renda, teriam oportunidades iguais de realizar um ensino superior qualificado.

Tatiana Faia n°36

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