sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O fenômeno El Niño


De acordo com o previsto pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), o fenômeno El Niño poderá voltar em setembro e outubro, visto que a temperatura da superfície do mar no Pacífico tropical aumentou em julho e agosto deste ano a níveis correspondentes de ser um El Niño. Atualmente, o sistema oceano-atmosfera está neutro, não correspondendo a nada, mas se isso for mesmo confirmado, o fenômeno será de fraca intensidade.
No El Niño, que ocore em intervalos de 2 a 7 anos, os ventos sopram com menos força em todo o centro do Oceano Pacífico, resultando numa diminuição do reaparecimento de águas profundas e na acumulação de água mais quente que o normal na costa oeste da América do Sul e como consequência, a diminuição da produtividade primária e das populações de peixe. Isso ocorre principalmente no fim do ano, daí a designação que significa “O Menino”, referindo-se ao “Menino Jesus”, relacionado com o Natal.
Outra consequência é a alteração do clima em todo o Pacífico equatorial: as massas de ar quentes e úmidas acompanham a água mais quente, provocando chuvas excepcionais na costa oeste da América do Sul e secas na Indonésia e Austrália. Pensa-se que este fenômeno é acompanhado pela deslocação de massas de ar a nível global, provocando alterações do clima em todo o mundo. Por exemplo, durante um ano com El Niño, o inverno é mais quente que a média nos estados centrais dos Estados Unidos, enquanto que nos do sul há mais chuva; por outro lado, os estados do noroeste do Pacífico (Oregon, Washington, Colúmbia Britânica) têm um inverno mais seco. Os verões excepcionalmente quentes na Europa e as secas na África parecem estar igualmente relacionadas com o aparecimento do El Niño. Conhecido como o fenômeno inverso, há o La Niña, caracterizado por temperaturas anormalmente frias, também no fim do ano, na região equatorial do Oceano Pacifico, muitas vezes (mas não sempre) seguindo-se a um El Niño. Também já foi denominado como “El Viejo” (“O Velho”, ou seja, a antítese do “menino”) ou ainda o “Anti-El Niño”.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Proibido proibir!


Analisando e entendendo o filme "Batismo de sangue"

 A obra contribui para o entendimento do projeto proposto pela ALN – Ação Libertadora Nacional: “O programa básico do movimento dirigido por Carlos Marighella propunha ‘derrubar a ditadura militar’ e ‘formar um governo revolucionário do povo’; ‘expulsar do país os norte-americanos’; ‘expropriar os latifundiários’ e ‘melhorar as condições das condições da vida dos operários, dos camponeses e das classes médias’; ‘acabar com a censura, instituir a liberdade, de crítica e de organização’; retirar o Brasil da posição de satélite da política externa dos Estados Unidos e colocá-lo, no plano mundial, como uma nação independente’”. (p.60).
 Também é possível entender a grandeza, a coragem e o compromisso cristão que nutria os religiosos que ousaram enfrentar o regime. Um exemplo disso está nas palavras de Frei Tito; um dos que sofreu as mais duras torturas físicas na prisão. Cinco dias antes de ser preso, disse: “Muitas vezes somos arrastados para onde não queremos ir. Temo que isso venha a acontecer com o conjunto da Igreja do Brasil. Se vier, e se for como conseqüência de uma fidelidade e de uma responsabilidade mais profundas ao Evangelho, que seja bem-vinda esta hora.” (p.259).
 Fica evidente na obra a escolha de dois personagens para sintetizar os ideais de dois grupos: Os revolucionários marxistas, representados pelo mártir Carlos Marighella, estudantes e intelectuais, e os revolucionários cristãos, representados pelos padres dominicanos, do qual Frei Tito de Alencar Lima foi o maior dos mártires.
Num dos depoimentos das torturas sofridas por Frei Tito é possível perceber o que levou ao desfecho trágico de sua morte: “Dois fios foram amarrados em minhas mãos e um na orelha esquerda. A cada descarga eu estremecia todo, como se o organismo fosse se decompor. Da sessão de choques passaram-me ao pau-de-arara. (...) Uma hora depois, como o corpo todo ferido e sangrando, desmaiei. Fui desamarrado e reanimado. Conduziram-me a outra sala dizendo que passariam a descarga de 220 volts a fim de eu falasse ‘antes de morrer’ (...) ”. (p.263)

Crítica:
 Essa leitura é recomendada, em especial aos educadores, líderes comunitários e religiosos e a todas as pessoas formadoras de opinião. A retrospectiva a um dos períodos mais vergonhosos da história brasileira serve para avaliar os avanços e “retrocessos” dos direitos humanos no país. Os retrocessos ou ausência de mudanças podem ser constatados em várias unidades carcerárias do Brasil onde a tortura é ainda realidade infame e desumana. A estruturação, funcionamento e atuação do aparato de defesa brasileira entre elas, Exército, Marinha e aeronáutica e das polícias, principalmente a Policia Militar, ainda carrega o ranço ditatorial e coronelista dos generais da ditadura. Não seria tempo de repensarmos como país “a extinção” dessas organizações paramilitares?
 A obra também permite reflexão sobre as ideologias que movem nossa gente e perguntar quem são hoje os/as grandes personagens da história brasileira. Onde estão os Marighellas? Os Titos? Os Edsons Luíses? Quem são os grandes personagens da nossa história atual que iluminam, que motivam nossa gente brasileira, em especial nossa juventude, a viver até as últimas conseqüências em defesa de uma grande ideologia? A final, quais são as ideologias que movem a juventude brasileira?

AI - 5:


O AI-5 (Ato Institucional número 5) foi o quinto decreto emitido pelo governo militar brasileiro (1964-1985). É considerado o mais duro golpe na democracia e deu poderes quase absolutos ao regime militar. Redigido pelo ministro da Justiça Luís Antônio da Gama e Silva, o AI-5 entrou em vigor em 13 de dezembro de 1968, durante o governo do então presidente Artur da Costa e Silva.

O AI-5 foi um represália ao discurso do deputado Márcio Moreira Alves, que pediu ao povo brasileiro que boicotasse as festividades de 7 de setembro de 1968, protestando assim contra o governo militar. A Câmara dos Deputados negou a licença para que o deputado fosse processado por este ato.

  • Determinações mais importantes do Ato Institucional Número 5:

- Concedia poder ao Presidente da República para dar recesso a Câmara dos Deputados, Assembléias Legislativas (estaduais) e Câmara de vereadores (Municipais). No período de recesso, o poder executivo federal assumiria as funções destes poderes legislativos;
- Concedia poder ao Presidente da República para intervir nos estados e municípios, sem respeitar as limitações constitucionais;
- Concedia poder ao Presidente da República para suspender os direitos políticos, pelo período de 10 anos, de qualquer cidadão brasileiro;
- Concedia poder ao Presidente da República para cassar mandatos de deputados federais, estaduais e vereadores;
- Proibia manifestações populares de caráter político;
- Suspendia o direito de habeas corpus (em casos de crime político, crimes contra ordem econômica, segurança nacional e economia popular).
- Impunha a censura prévia para jornais, revistas, livros, peças de teatro e músicas.

  • Fim do AI-5

No ano de 1978, no governo Ernesto Geisel, o AI-5 foi extinto e o habeas corpus restaurado.




Análise:

 Baseando-se no contexto mostrado no filme Batismo de Sangue proposto em aula, podemos fazer uma análise sociológica do regime ditatorial vivido pelo Brasil durante o período de 1964 a 1985.
 Devemos levar em conta o fato de uma ditadura em termos políticos centralizar a ideia de Estado, partido e governo numa só figura a fim de conseguir a partir disso um autoritarismo que garanta o poder do Estado sob o indivíduo e todas as esferas que sua vida engloba, gerando uma padronização social.
 Além disso, as liberdades e garantias individuais, antes asseguradas por uma constituição liberal e cidadã, são suprimidas e qualquer reunião tanto partidária como sindicalista é duramente reprimida pelo governo.



quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Batismo de Sangue

A ditadura militar é claramente apresentada no filme '' O batismo de Sangue'' , o qual foi um período da história política do Brasil.
Em 1964, os militares assumiram o poder através de um golpe, e governaram o país por 21 anos, até 1985, instalando durante esse tempo, um regime ditatorial.

Autores afirmam que a ditadura não foi exclusivamente militar, e sim civil-militar. Algumas das características desse período foram: falta de democracia, repressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e militar, e restrição do exercício da cidadania.

Quanto à econômia, o governo colocou em prática, um projeto desenvolvimentista, que levou à resultados bastante contraditórios, onde o país entrou em uma fase de industrialização e crescimento acelerados, sem beneficiar a maioria da pop
ulação, principalmente a classe trabalhadora.
O filme relata também de forma chocante e real, as terríveis ameaças e torturas sofridas durante o período ditatorial.
A tortura passou a ser frequentemente empregada nos interrogatórios feitos por militares, para obter informações de pessoas envolvidas com a luta armada.
Militares americanos '' ensinavam'' grupos policiais e militares brasileiros a agredir os interrogados.
As torturas começavam no ato da prisão, onde invadiam casas, e locais de trabalho.
Entre os tipos de tortura,.os principais eram: o ''pau-de-arara'' - barra de ferro que era atravessada e amarrada entre os punhos e dobras do joelho, sendo o conjunto colocado entre duas mesas, ficando assim, o corpo do torturado pendurado; o '' choque elétrico'' - dois fios eram ligados ao corpo nú, soltando uma descarga elétrica nos orgãos sexuais, além de ouvidos, dentes, língua, e dedos; o '' afogamento'' - colocavam uma mangueira, ou tubo de borracha dentro da boca do agredido para obrigá-lo a engolir água; a ''palmatória'' - raquete de madeira, muito pesada, onde vítmas eram agredidas em várias partes do corpo, principalmente nos orgãos genitais, além de agressões psicológicas.
Esses filmes, realizados em contextos históricos diferenciados, nos permite analisar a subjetividade da realidade, à partir da ideia da representação real de acontecimentos que são na maioria das vezes omitidas.
Batismo de Sangue mostra uma das formas de torturas utilizadas com mulheres, e pouco a pouco, o espectador acompanha a derrota mental do personagem, levando ao suícidio.
Portanto, esse filme é coerente com uma atitude educacional: mostrar à populaçao as atrocidades políticas que ocorreram em um passado não tão distante.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

                                                        Ditadura 

O Regime militar  foi o período da política brasileira em que militares conduziram o país. Essa época ficou marcada na história do Brasil através da prática de vários Atos Institucionais que colocavam em prática a censura, a perseguição política, a supressão de direitos constitucionais, a falta total de democracia e a repressão àqueles que eram contrários ao regime militar.
A Ditadura militar no Brasil teve seu início com o golpe militar de 31 de março de 1964, resultando no afastamento do Presidente da República, João Goulart, e tomando o poder o Marechal Castelo Branco. Este golpe de estado, caracterizado por personagens afinados como uma revolução instituiu no país uma ditadura militar, que durou até a eleição de Tancredo Neves em 1985. Os militares na época justificaram o golpe, sob a alegação de que havia uma ameaça comunista no país.
 A liberdade de expressão e de organização era quase inexistente. Partidos políticos, sindicatos, agremiações estudantis e outras organizações representativas da sociedade foram suprimidas ou sofreram interferência do governo. Os meios de comunicação e as manifestações artísticas foram reprimidos pela censura. A década de 1960 iniciou também, um período de grandes transformações na economia do Brasil,  de modernização da indústria e dos serviços, de concentração de renda, de abertura ao capital estrangeiro e do endividamento externo. 

No filme batismo de sangue,mostra como os jovens eram oprimidos e como eles faziam para tentar fugir dessa opressão,aonde se reuniam para tentar alguma revolução,muitos sofreram demasiadamente,sendo torturados de varias formas,por irem contra o governo,uma parte dos jovens,depois algum tempo se mataram pelo fato de não aguentarem mais essa verdadeira prisão que o Brasil estava se tornando e por não aguentarem mais as torturas que eles sofriam.A ditadura militar foi um momento marcante para o mundo todo,e que até hoje é lembrada com muita tristeza. 

Essa foi uma musica de Chico Buarque e Gilberto Gil ,ela foi criada na época da ditadura,onde não haviam meios de expressar a repressão que o povo estava sofrendo do governo,e a música virou uma alternativa de se expressar sem que o governo percebesse...

http://www.youtube.com/watch?v=13SqV1lQ-TQ


Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta
(refrão)
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa
(refrão)
De muito gorda a porca já não anda
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, pai, abrir a porta
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade
Mesmo calado o peito, resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade
(refrão)
Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado
Quero inventar o meu próprio pecado
Quero morrer do meu próprio veneno
Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Quero cheirar fumaça de óleo diesel
Me embriagar até que alguem me esqueça

E aqui tem uma pequena análise de um pedaço da música para quem não percebeu que algumas palavras tinham mais que um sentido...
A palavra calise tem 3 sentidos: calice de calar a boca, calice a taça(para não alarmar as altoridades sobre a musica e seu sentido)e calice da igreja que é o que contem o vinho que simboliza o sangue.
Outro trecho importante é a parte
(Na arquibancada, pra a qualquer momento ver emergir o monstro da lagoa)
, nessa parte retrata a um ditador que gostava de assistir jogos de futebol na arquibancada, então esse emergir do monstro, se refere ao ditador que se levanta na ignorancia do povo da época.
os que lutavam eram a maioria daqueles que tinham inteligencia, força de vontade e sabiam o que acontecia na época com o país!


terça-feira, 18 de setembro de 2012

As facetas da sociedade

Uma breve análise da classe média atual


Baseando-se na teoria posta por Marilena Chauí, a sociedade está hoje dividida em três camada principais: a classe dominante que detêm os meios de produção e o poder econômico e político; a classe subjugada que tem em suas mãos a força de trabalho e o poder social quando organizada em sindicatos, no sentido de lutar por participação e pelos seus direitos de forma efetiva; e por fim, entre essas duas temos uma sufocada classe media que apresenta poder ideológico e a qual iremos avaliar com mais rigor.

Vivemos hoje um fenômeno social em que ocorreu uma cristalização de ideais, em que a classe media é reacionária, conservadora e autoritária. Nessas condições, suas visões são o tripé de uma sociedade por completo, portanto seus preconceitos são traduzidos em desigualdades já que ocorre uma naturalização desse pensamento. No contexto do Neoliberalismo, observa-se o alargamento do espaço privado em detrimento do público, onde ocorre uma exposição da vida e da intimidade de alguém de forma muito banal. Temos além disso, a massificação do conhecimento que nas mãos dessa classe se torna um bem de consumo. Nela, a ética foi se deteriorando e a visão dos fatos se tornou autofacista. O suporte ideológico dentro dessa sociedade está, sem dúvidas, nas mãos dessa classe mediana.

Esse bloco não é homogêneo, como se pensa, dentro dele temos uma elite intelectual que se põe contra ideias hegemônicas e cria novos ideais, pondo os vigente em questionamento, ainda que essa parte seja minoria, ela é responsável significamente pelas mudanças que ocorrem em uma sociedade quando se diz respeito a valores. Seria essa que se foi repreendida no período da ditadura, já que a classe media como um todo funcionava como sustentáculo ideológico e a minoria em questão punha em risco tal contexto.

Hoje temos uma classe social que se encontra estagnada em todos os sentidos, pode-se até questionar-se se essa classe não seria um alargamento das outras duas, tornando-a meramente fictícia em termos sociais.

domingo, 16 de setembro de 2012

Música na Ditadura Militar


        Em 1968, os estudantes continuavam a ser os maiores inimigos do regime militar. Reprimidos, passaram a ter voz através da música.A música popular brasileira começa a atingir as grandes massas, ousando falar o que não era permitido à nação. Os cantores protestavam por meio de analise de mensagens subliminares embutidas nas canções. E isso começou a incomodar os militares. A censura passou a ser a melhor forma de a ditadura combater as músicas de protesto e de cunho que pudesse extrapolar a moral da sociedade dominante e amiga do regime.
        Para censurar a arte e as suas vertentes, foi criada a Divisão de Censura de Diversões Públicas (DCDP), por onde deveriam previamente, passar todas as canções antes de executados nos meios públicos. Esta censura prévia não obedecia a qualquer critério, os censores poderiam vetar tanto por motivos políticos, ou de proteção à moral vigente, como por simplesmente não perceberem o que o autor queria dizer com o conteúdo. A censura além de cerceadora era de uma imbecilidade jamais repetida na história cultural brasileira.

http://www.youtube.com/watch?v=qhvXQj8CFmM



Chico Buarque, o Alvo Predileto da Censura Militar 

Chico Buarque foi o compositor e cantor mais censurado. A sua obra sofreu respingos da censura em todas as vertentes, tanto nas canções de protesto, quanto nas que feriam os costumes morais da época.

Um exemplo foi seu álbum “Calabar” 

Exilado na Itália, de 1969 a 1970, Chico Buarque sofreria com a perseguição da censura após o retorno ao Brasil. Em 1970, recém chegado do exílio, o compositor enviou a música “Apesar de Você” para a aprovação da censura, tendo a certeza que a música seria vetada. Inesperadamente a canção foi aprovada, sendo gravada imediatamente em compacto, tornando-se um sucesso instantâneo. Já se tinha vendido mais de 100 mil cópias, quando um jornal comentou que a música referia-se ao presidente Médici. Revelado o ardil, o exército brasileiro invadiu a fábrica da Philips, apreendendo todos os discos, destruindo-os.Na confusão, esqueceram de destruir a matriz.
Em 1973 Chico Buarque sofreria todas as censuras possíveis. A peça “Calabar, ou o Elogio à Traição”, escrita em parceria com Ruy Guerra, foi vetada pela censura. As conseqüências da proibição viriam no seu álbum, “Calabar”, também daquele ano. A capa do disco trazia a palavra “Calabar” pichada num muro. Os censores concluíram que aquela palavra pichada tinha um significado subversivo, o que resultou na proibição da capa.


                                                      Das verdes às cinzas
O desmatamento da Floresta Amazônica cresceu quase 15% e preocupa a população.

Conforme os anos vão se passando,nós esquecemos o quanto a natureza é importante em nossas vidas.Uma pesquisa feita pelo Instituto nacional de pesquisas Especiais(inpe) mostra que o ritmo de desmatamento na Amazõnia cresceu14,6%.Com a modernização do mundo,nós esquecemos que ainda precisamos preservar a natureza,e as industrias moveleiras   por exemplo,só pensam em derrubar mais e mais árvores e esquecem que chegará um momento que não haverá mais a Floresta Amazônica,por isso eles deveriam plantar também,pois se não houver árvores,não haverá matéria-prima para produzir os móveis.Se nós não pararmos de desmatar nossas florestas ou se não começarmos a reflorestar,em menos tempo do que imaginamos,nossa mata linda,verde e cheia de vida passará a ser feia,cinza e sem vida.

Maria Paula Diegues nº26 

O caos na educação brasileira


O Brasil não está passando por um bom momento na educação, tendo grandes impactos na sociedade, pela péssima qualidade no ensino e a divergência de opiniões sobre as novas regras da lei de cotas sancionada pela presidente. Portanto, é bom entender como a educação funciona no nosso país.
A responsabilidade pela educação no Brasil se divide entre os governos federal, estadual e municipal, com uma grande presença do setor privado. E não é verdade que se gaste pouco com isso. A Constituição Federal determina que dos impostos, a União aplique pelo menos 18% em educação e os estados e municípios 25%. Esta determinação tem sido respeitada e é responsável pelo aumento dos recursos para a educação que ocorreu a partir de 1989. Mas o Brasil é um dos países com maior percentual de despesas públicas em educação (17,7% em 1988), o que significa que a prioridade da educação como política governamental está inserida nos orçamentos. O fato de o PIB ter se mantido quase constante na década 1980/1990, apesar de a população escolar crescer aproximadamente 2% ao ano, trouxe problemas nas escolas públicas de primeiro e segundo graus. Como as grandes taxas de repetência na educação básica, que são mais de 50% para os alunos de primeira série de primeiro grau. O estudante brasileiro permanece em média 8,5 anos nas escolas, mas só consegue chegar até a sexta série. Em relação à qualidade, não existe no Brasil acompanhamento sobre o que os alunos que completam os diferentes níveis educacionais aprendem. Desta forma, estes problemas impactam no ingresso ao mercado de trabalho de mão de obra qualificada.
Além do que, o que causou grande polêmica na sociedade foi o aumento das cotas, na qual 50% das vagas em universidades federais são para estudantes de escolas públicas. Muitas pessoas são contra e muitas a favor. De acordo com Alzimar D’agustine, diretor de um colégio particular o processo de aprendizagem brasileiro fica ainda mais prejudicado com a inserção das cotas nas universidades federais. O novo sistema desrespeita a igualdade de acesso à educação de qualidade prevista pela Constituição. “Se houvesse qualidade nos conteúdos ministrados nas escolas públicas, não seria necessário abrir cotas na educação superior. As pessoas estariam preparadas para entrar na universidade. É clara a incompetência na educação. O próprio governo está reconhecendo a péssima qualidade da educação pública básica.”
Conclui-se que o país precisa tomar medidas de melhoria do ensino público para que ele se iguale a países de primeiro mundo.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Preconceito racial

      No ano de 1865, no sul dos EUA, surgiu um grupo racista - formado por jovens veteranos da Confederação Sulista - denominado Ku Klux Klan (KKK). Essa sociedade possui visão política de extrema direita e também tem como característica a utilização de capuzes brancos. O que começou como uma espécie de "brincadeira", passou a ter objetivos de perseguir negros (ex-escravos libertos na Guerra de Secessão) montando cavalo e aterrorizando-os - também aqueles que os defendem -, pregando a supremacia branca.

   
    O preconceito é uma ideia pré-concebida, uma atitude de alienação a tudo aquilo que foge dos padrões da sociedade. Este, afeta a todos, fazendo com que, muitas vezes, pessoas se manifestem através da intolerância,  da discriminação e até do ódio.  Esse ódio vem acompanhado da violência, como na KKK, podendo sair totalmente do controle. Justamente no caso do preconceito racial, a base que se tem, é determinada por apenas características superficiais, físicas. Aqueles que são racistas,  acreditam que a moralidade e a inteligência são traços que são determinados biologicamente, não podendo ser mudados. A determinação de uma raça como inferior não é algo justificável. A cor da pele de uma pessoa não define, de forma alguma, sua capacidade intelectual ou determina seu caráter. Este preconceito poderá algum dia, chegar ao fim? No mundo atual, têm-se implantado políticas contra a discriminação racial, além de que presenciamos figuras negras importantes e influentes como por exemplo Barack Obama, Lewis Hamilton, Naomi Campbell, Oprah Winfrey, ministro Joaquim Barbosa, entre outros. Será esse o início do fim? Ou apenas pequenos passos para que, um dia, ele possa ter um fim?

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Breve análise do filme "Batismo de Sangue"



Em 1964, os militares chegarão ao poder do país por um golpe de estado, com a derrubada de um presidente eleito democraticamente e a instauração de um regime alinhado a politica norte-americana, o qual se valerá de atitudes brutais de repressão para atingir os seus objetivos, exercendo um verdadeiro terrorismo de estado.

O bipolarismo que se instala no mundo no início da guerra fria terá uma série de reflexos, como no próprio caso do Brasil. A Ditatura Militar terá por principal ideologia a necessidade da “proteção” do país diante da “ameaça comunista” que crescia no mundo, e assim se justificarão também os duros processos de repressão política, civil e sobre as liberdades individuais de muitos cidadãos.


No filme temos a representação de jovens pertencentes à igreja, que dentro de si própria possuía ambiguidades, com setores de esquerda e setores de direita. No caso, há um retrato de jovens estudantes e padres dominicanos que se aliam a movimentos de contestação ao regime militar, apoiadores da chamada “teologia de libertação”.

Nesta forma de pensar, a qual pode ser entendida como uma formulação da teologia tradicional europeia no contexto latino-americano, e que partiu da realidade de indivíduos que viviam (e ainda vivem) sob condições miseráveis e de marginalização, além dos próprios ensinamentos Bíblicos.

Como exibido no filme, um dos papeis exercidos pelo grupo que envolvia Frei Betto e Tito, era o de colaborar com organizações clandestinas que combatiam o regime militar. Tal colaboração residia na disponibilização de transporte e segurança para perseguidos, bem como o auxilio na comunicação entre os integrantes.

Em resposta a esses papeis, portanto, que se apresentam a maior arma do governo do período: a violência. Pela atitude que é denominada “terrorismo de estado”, algumas das cenas mais marcantes representam as torturas psicológicas e físicas as quais os “inimigos do regime” eram submetidos, representando não só os variados métodos existentes, (como o pau de arara, o espancamento e o uso do choque elétrico) mas o efeito que elas têm na instauração do medo na sociedade – fato que marcará para sempre uma geração que tinha em comum a determinação na busca pela justiça.

Foto do julgamento real dos padres dominicanos


Revolta contra filme americano

Bandeira dos EUA é queimada em protesto a filme.

Recentemente ataques de multidões muçulmanas a consulados e embaixadas americanas aconteceram devido a um filme norte-americano que ofende o Islã e o profeta Maomé, o trailer do filme ''A inocência dos muçulmanos'' foi divulgado na internet e repercutiu negativamente em diversos paises muçulmanos. Os protestos ganharam repercussão internacional com incidentes na embaixada americana no Egito, além de outros países islamicos, como o Iemen, Ira e Líbia. Tres americanos e um embaixador dos EUA na Síria foram mortos. O filme foi dirigido e produzido por uma pessoa identificada como Sam Bacile, um corretor imobiliário israelense-americano de 54 anos, que afirma que o Islã é "uma religião do ódio". O diretor não sai de casa, com medo de ser assassinado. O Talibã e a Al-Qaeda prometeram vingança"contra os americanos por conta da publicação do vídeo.


                                                                                                                                  Jhonnie Blogger

Marilena Chauí sobre a classe média


  ''Alguns segundos depois, entra uma moça. Ela estava com o que eu chamo de naturalmente produzida, com aquele modo que parece tudo natural''. É desta maneira que a filosofa e historiadora brasileira, Marilena Chauí, começou a abordar o tema sobre a classe média brasileira em uma palestra proferida em agosto de 2012 na USP, e que tivemos a oportunidade de assistir na aula de hoje.

Marilena Chauí discursa sobre o que representa - social, politica e economicamente falando - o papel da maior parcela da população brasileira, a classe média, além do reflexo desse papel nas relações estabelecidas no cotidiano de um número cada vez mais abrangente de brasileiros.


40 anos das Olímpiadas de Munique

Capa do "O Estado de S.Paulo" no dia 06/09/1972

No mês de setembro, completa-se  40 anos do maior atentado da história das olímpiadas. Nas olímpiadas de Munique, em 1972, oito terroristas palestinos do grupo Setembro negro invadiram a Vila Olímpica e fizeram de refém 11 membros da delegação Israelense. Durante a madrugada, os terroristas, disfarçados de atletas, pularam o muro da vila com ajuda de membros da delegação americana, e seguiram direto para o alojamento dos israelenses, matando o técnico da delegação de luta greco-romana e um atleta de levantamento de peso, que tentaram reagir.  Com o barulho dos tiros, muitos atletas acordaram e saíram do prédio, mas 11 ficaram. 
Terroristas palestinos vestidos de atletas e armados.
Quando amanhece, começam as negociações, apesar da imprensa divulgar poucas informações. Issa, terrorista palestino que está negociando com as autoridades alemãs, exige a libertação de mais de 200 companheiros presos em diversos países. Entretanto, o governo de Israel se recusa a negociar e sugere uma intervenção a força, com suas prorprias tropas, mas o pedido é negado pelas autoridades alemãs. Os palestinos exigem um avião, e a polícia alemã tenta por duas vezes executar emboscadas, porém não são bem sucedidas. A policia cedeu helicopteros militares para levar os terroristas e reféns até o aeroporto. Ao chegar lá, os palestinos vão checar o avião e são surpreendidos com outra emboscada, que por causa da falta de experiência dos policiais alemães, acaba em uma troca de tiros na pista, e acaba com a morte de dois terroristas e um policial. Depois do confronto, os terroristas decidem mudar de tática, e explodem com uma granada um dos helicopteros com os réfens dentro, depois, fuzilam os ocupantes do outro, nenhum dos 11 reféns sobrevivem. Em suma, 5 dos terroristas foram mortos e 3 foram detidos. Quase 2 meses após o atentado, o Setembro Negro sequestrou um avião alemão, e exigiu a libertação dos 3 terroristas presos, que foram libertados e enviados para a Líbia, onde foram recebidos como heróis. Em suma, com ajuda da despreparação da policia alemã e falta de segurança na vila olímpica, devido a Alemanha querer passar uma atmosfera mais liberal por causa da ultima olimpiada cediada na Alemanha ter sido patrocinada pelo nazismo, esse atentado foi mais um episódio sangrento do confronto entre israelenses e palestinos.

                                                                                                                           Jhonnie Blogger

Guerra Das Trincheiras


A guerra das Trincheiras foi resultado da Batalha de Monroe (que foi quando a Alemanha foi derrotada), tal Batalha teve início na primeira fase de guerra, quando se tinha uma guerra de movimento (1914-1915). Tal resultado deu início à Guerra de Trincheiras que só foi surgir em 1915 e foi até 1917 no período da segunda fase de guerra.  Tal Guerra teve como característica de tática o imobilismo, além da presença de minas terrestres, aviões de guerra, armas químicas (gás mostarda, gás sarin), granadas, tanques, lança-chamas... Várias pessoas estavam morrendo pelas condições da guerra e então começou um movimento pacifista, para se opor à guerras e a agressão, a partir disso, teve então o início do “Ano de 1917”.

"Money as debt"


  O vídeo: "O Dinheiro como Dívida" recomendado em aula pela professora Alessandra, é interessante pois explica de onde vem o dinheiro, como ele é produzido e também como funciona toda a economia de um país. Para que uma economia capitalista funcione, é necessário que haja circulação de dinheiro. Após o surgimento da moeda foi possível determinar valores, facilitar trocas e estabelecer referências.  

    Segundo o vídeo, a matéria monetária não é ensinada nas escolas e quando pergunta-se "de onde vem o dinheiro?" é imediatamente evocada, por muitos, a imagem de máquinas cunhando moedas e imprimindo cédulas. E a explicação vai muito além disso.
Segundo o ex-presidente dos Estados Unidos Woodrow Wilson, "Sabem da existência de um poder tão organizado, sutil e vigilante, um poder tão vasto e onipresente que não ousam criticá-lo em voz alta."

Sobre o filme "Batismo de Sangue" e o período da ditadura militar

 
 
        O filme "Batismo de Sangue" mostra um breve trecho do período da ditadura militar no Brasil, que perdurou por 21 anos, de 1964 a 1985, com enfoque no período de 1968 a 1973, os anos de chumbo. Em 1967, o então presidente Costa e Silva promulgou o Ato Institucional 5, que cassava todos os mandatos de deputados, senadores, vereadores, governadores e prefeitos, fechou o congresso nacional, extinguiu as eleiçoes, proibiu os movimentos comunistas e promoveu a liberdade vigiada, ou seja, as formas de expressão eram controladas pelo governo militar, sendo que a verdadeira liberdade de expressão estava proibida. A história trata de 3 amigos seminaristas que decidem entrar para a luta armada contra a ditadura ao lado de Carlos Marighella, lider do grupo Ação Libertadora Nacional. No filme, é mostrada a tortura que os presos políticos sofriam para darem informaçoes aos representantes do então governo. Tais informaçoes conseguidas através desse método nada ortodoxo foram imprescindíveis para a execução de Marighella.

         Em nossa busca e observação ao filme, encontramos relatos do governo que tratavam Marighella e seu grupo como terroristas que ameaçavam a população brasileira, o que hoje provadamente vê-se que é uma mentira. Os únicos que corriam risco era o próprio governo militar e seus representantes.
         Essa ditadura ocorreu devido ao contexto da Guerra Fria. Os EUA, preocupados com o avanço do socialismo pelo mundo, financiou regimes totalitários de direita na América Central e do Sul e no Oriente Médio. Tais políticas prejudicaram não apenas a vida dos partidários do socialismo e do comunismo, mas também da população em geral.
         Não por acaso, o período conhecido como "milagre econômico" brasileiro ocorreu no auge da ditadura, quando o total controle das políticas econômicas (que não permitiam opinioes) estava com o governo, de acordo com a política de proteção do capitalismo, protegida pelos EUA.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Batismo de Sangue

Batismo de Sangue



Cena tortura de Batismo de Sangue
O Brasil passou por um regime militar entre os anos de 1964 e 1985, iniciados por um golpe militar, trouxe a censura e a violência contra quem se opunha a esse regime. Esses fatores são bem mostrados no filme Batismo de Sangue, principalmente com as cenas em que os militares usavam técnicas desumanas de tortura para conseguir arrancar uma confissão dos revolucionários. Quem era contra o regime era chamado de comunista, e podia ser torturado, exilado ou até mesmo morto. O filme também mostra que essas torturas, levavam algumas pessoas a trair seus companheiros, como na cena em que um jovem é obrigado a levar o frei até uma emboscada em que ele é pego pelos militares. Batismo de Sangue bota em evidencia a história de 5 frades que, por motivos cristãos, juntam-se ao Ação Libertadora Nacional, comandado por Carlos Marighella, em certa cena que foi cercado e executado por policiais, com contribuição da confissão feita pelos frades quando foram torturados. Um deles, frei Tito, não aguenta a pressão psicológica e acaba suicidando-se. A luta pela liberdade da pátria é um dos pontos fortes do filme, que mostra a organização dos estudantes em encontros para discutir planos para derrubar o regime, considerados terroristas, esses encontros eram muitas vezes descobertos e todos eram presos.






Grupo Jhonnie Blogger

A INTELIGENCIA HUMANA USADA CONTRA SI PRÓPRIO

O desmatamento na Amazônia está sem freios. Já atingiu área superior a da Bahia

          A maior riqueza natural e essencial para a humanidade está sendo extinta e destruída pelas mãos do próprio ser humano. É preocupante os números de quilômetros em extensão de floretas desmatadas que a cada ano vêm aumentando ou permanecendo iguais. Apesar de tanta mobilização populacional, nada parece estar realmente sendo feito para barrar o fim iminente da Amazônia. 
        A tecnologia e as indústrias que vêm crescendo e melhorando no Brasil são necessárias sim para o desenvolvimento no país. Contudo, devemos ressaltar a suma importância da natureza tanto no ramo da medicina para a cura de doenças, quanto e, principalmente, no aspecto da manutenção da vida de toda a população  Dessa forma, nós humanos precisamos que ela permaneça em significativa escala. Portanto, essa questão demanda uma política limpa e inteligente. Ou seja, o desenvolvimento sustentável depende da escolha de cada indivíduo ao votar e eleger políticos honestos e focados. Por mais ilusório que isso parece ser.


Giovanna Junqueira n20

Análise Sociológica


Batismo de Sangue

          O filme trata do período da ditadura militar entre os anos de 1964 e 1985 no Brasil, mas focando nos anos de 1968 a 1973. Nele é relatado o movimento revolucionário dos estudantes, intelectuais e alguns religiosos, mas principalmente a opressão sobre a população em geral como um modo de manipulação dos “governantes” pela utilização da mídia para forjar a imagem negativa de quem se opunha ao regime, atos de tortura e desaparecimentos súbitos daqueles obstinados.

          Baseado no livro escrito por Frei Betto, um dos torturados, o filme tem como uma característica marcante a verossimilhança, ou seja, a proximidade com a realidade da época. Isso se deve ao fato de não haver discrição ao relatar as cenas de tortura que, como mostradas no filme, constituíam-se na submissão dos frades ao pau-de-arara, espancamentos, choques elétricos, cadeira-do-dragão e torturas psicológicas.

          Caso o longa-metragem não tivesse sido baseado nas histórias de um torturado, poderia ter acontecido como na cena do julgamento de Frei Tito, em que foi reprimido ao relatar sobre a tortura que sofrera, evitando desta forma possíveis críticas ao governo.

“- Proibo que inclua esta denúncia no depoimento do réu.
- Mas eu insisto que as palavras de Frei Tito sejam todas transcritas no processo.
- Mas vocês tentem compreender. A tortura é uma coisa de tal forma horrível, que é melhor nem falar dela.”
(Diálogo presente no Batismo de Sangue).

          A política “pão e circo”, criada em Roma como uma maneira de manipular a camada mais pobre da população e mantê-la distante das decisões do governo, influenciou o governo brasileiro a manter a população cada vez mais alienada, deixando-a afastada de qualquer movimento contra o Estado e sem “poder” expressar suas opiniões. Um exemplo retratado no filme seria a cena do bar, em que a notícia do milésimo gol do Pelé se sobrepôs a da morte do grande símbolo da oposição, Carlos Marighella, diminuindo sua relevância. 
          Decorrente desse fato, muitos artistas e intelectuais omitiram suas obras (como Geraldo Vandré, autor da música “ ¹Para não dizer que não falei das flores” ; Chico Buarque compôs “ ²Meu caro amigo” e “ ³Calice” entre outras) ou acabaram até se auto exilando por meio de protesto,  como  Gilberto Gil, Caetano Veloso, Fernando Gabeira, entre outras personalidades.


          O que mantinha a censura em prática era o uso da força e violência por parte dos opressores (nomeados terroristas, por ameaçarem o governo), garantindo também que as pessoas interessadas em reagir contra o sistema não se movimentassem para tal ação.

          Através do filme, é possível entender um pouco mais sobre a oposição à ditadura militar desempenhada pelos frades dominicanos do convento, os quais se envolveram com o líder comunista Carlos Marighella, criador da Ação Libertadora Nacional (ALN). 


Unicamp de Portas Abertas

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) promoveu o seu evento "Unicamp de Portas Abertas", onde cerca de 35 mil alunos de ensino-médio e pré-vestibulandos podem conhecer as diversas faculdades e institutos que a universidade oferece.

Dando continuidade do post anterior sobre a visita com mais imagens:

  
Vista frontal da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação
O grupo Jorge Amado Intelectuais visitou inicialmente as engenharias. Começando pelo prédio da Faculdade de Engenharia Química, nossos integrantes realizaram uma visita aos estabelecimentos da faculdade além de laboratórios de ensino prático. Uma grande variedade de instrumentos e processos foram demonstrados ao público para exemplificar as aulas do curso.

Mais tarde visitamos a Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação com uma ampla variedade de laboratórios ligados ao assunto. Entre eles, pudemos visitar os laboratórios de robótica, laboratório de circuitos e uma demonstração de robôs móveis.


Demonstração de um robô controlado por um controle remoto

Laboratório de Circuitos

Posteriormente tentamos almoçar no instituto de Física. Mas as filas monumentais e o sol escaldante nos forçou a comer nas barraquinhas que se localizavam no centro do campus.
Satisfeitos, nos dirigimos à Faculdade de Engenharia Mecânica. Apesar de não entrar na faculdade, visitamos as estantes no exterior do prédio.


Protótipo de robô "sumô"
Estante da equipe de luta de robôs "Pheonix"

E assim, a visita prosseguiu com a visita de outros institutos, faculdades e estabelecimentos da Unicamp. Entre eles, a grande biblioteca do Universidade, onde foi apresentado uma homenagem ao autor Jorge Amado, com a exposição de várias cópias originais de suas mais célebres obras literárias.
Assim, após a longa visita, nos reunimos próximos ao estádio, onde foi possível ver a apresentação da bateria da Unicamp.



Apresentação da Bateria


Alunos da Jorge Amado presentes na visita


terça-feira, 11 de setembro de 2012

DITADURA MILITAR NO BRASIL


                 A Ditadura Militar pode ser definida como sendo o período de 1964 até 1985 da política brasileira em que os militares governaram o Brasil. Podemos caracterizá-la pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar.

     Foi a partir do golpe de estado que os militares fizeram, no dia 31 de março de 1964, que o Brasil entrou em profundas crises políticas e insatisfações populares. Assim, o governo do primeiro presidente militar, Arthur Costa da Silva, acabou totalmente com a República e liberdade quando promulgou o Ato Inconstitucional número 5. Nesse Ato, Arthur cassou mandatos de deputados, senadores, prefeitos e governadores, fechou o Congresso Nacional por tempo indeterminado e proibiu reuniões e manifestações públicas, entre outros abusos contra os direitos democráticos dos cidadãos brasileiros.

       Essas medidas acirraram a ira dos grupos de esquerda de oposição a entrarem em confronto contra o governo implantando um movimento guerrilheiro no país cujo objetivo era derrubar os militares do poder. Em contrapartida, o regime endureceu ainda mais as perseguições e atos de repressão. Esse período ficou, então, conhecido como “período das trevas”, no qual milhares de brasileiros foram presos e torturados até a morte enquanto centenas desapareceram.


        
        Em paralelo com o período militar no Brasil, o filme “Batismo de sangue”, baseado no livro de memórias escrito por Frei Betto, mostra em alto grau de realismo toda a intensidade dramática e física daqueles acontecimentos. Dessa forma, o longa ajuda muito as pessoas entenderem e verem qual foi a verdadeira história e fatos que ocorreram nesse período, desde a organização dos grupos de esquerda composto por frades, jovens estudantes, artistas e demais de brasileiros até os atos cruéis do governo culminando em muito sofrimento, dor e morte.

        As temidas cenas de tortura são muito fortes e nos fazem refletir sobre a baixeza do ser humano ao chegar ao ponto de espancar seu semelhante a fim de obter informações de interesse próprio e que pudessem mudar o rumo da história.

        Finalizando, para melhor conhecer sobre esse sombrio período de nossa história, assistir a esse filme é imprescindível. Pois, se hoje vivemos numa democracia, devemos em grande parte a esses jovens idealistas que não tiveram medo de enfrentar seus opressores e lutar pela liberdade. E após assisti-lo teremos em mente que por mais falhas que existam no atual processo democrático, a pior das democracias é preferível à melhor das ditaduras.