segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Rio+20

     “É preciso elevar a produtividade a novos patamares, de modo a gerar mais riqueza, depredando menos o meio ambiente. Só assim é possível olhar para a economia e o verde simultaneamente.” afirma o economista americano Thomas Heller.
   
     Levando isso e o sucesso da Eco 92 em consideração, representantes de 190 países, além de ONGs de todos os tipos, se mobilizaram no Rio de Janeiro em Junho de 2012 para uma nova conferência em prol do nosso ecossistema.

  • Rio+20

     A Rio+20 trata-se, portanto, de uma reunião sobre Desenvolvimento Sustentável organizada pela ONU para discutir como conciliar crescimento econômico, qualidade de vida e preservação do meio ambiente, simultaneamente.

     A conferência dispõe de dois blocos opostos, sendo um formado por países ricos, e o outro composto pelos emergentes e pobres. Suas principais preocupações são fazer com que o modelo econômico atual se adapte aos moldes sustentáveis e, em segundo lugar, decidir quem financiará a citada adaptação.

     O quadro abaixo, retirado da revista Veja, edição 2274, do dia 20 de Junho de 2012, mostra o que cada grupo de países propõe e discordam nas discussões da Rio+20. Além disso, segue um resumo sobre o que é cada medida de acordo com a reportagem:


  1. A conferência deve estabelecer Metas do Desenvolvimento Sustentável, porém não há decisões comuns quanto a prazos, objetivos ou sobre quem arcaria com as despesas.
  2. É planejada uma redução no uso do petróleo, sendo este trocado por fontes de energias mais limpas.
  3. Criar uma Agência Internacional Independente com o poder de decisão em questões ambientais, sem interferência da ONU.
  4. Criar um novo conceito de PIB onde o cuidado ambiental conta tanto quanto a riqueza do país.
  5. As nações ricas deveriam, portanto, doar parte de suas riquezas para que os países em desenvolvimento não sejam prejudicados.

  • Eco 92
     A última reunião realizada com o mesmo intuito ocorreu entre 3 e 14 de Junho de 1992, também no Rio de Janeiro, e recebeu o nome de Eco 92

     Esta teve uma boa repercussão, pois incentivou a população a exigir que as empresas fabricassem produtos menos agressivos ao meio ambiente, além de tomarem consciência de problemas ambientais como a poluição nos rios e oceanos, e a imensa quantidade de lixo urbano. Outra importante decisão tomada foi a ratificação do acordo de redução da emissão dos gases causadores do efeito estufa na atmosfera.


  • Uma visão de Eric Hobsbawn
     Levando o tema acima em consideração, podemos relacioná-lo com uma análise feita pelo historiador britânico Eric Hobsbawn para o jornal The Guardians. Tendo em vista que, durante o século XX, tanto o sistema socialista quanto o capitalista apresentaram sinais de fracasso, o autor sugere uma nova alternativa a ser implantada: a política progressista. 
     
     Trata-se de uma iniciativa pública não baseada na busca de lucro, mas sim em decisões com o objetivo de conseguir melhorias sociais coletivas que beneficiariam toda a população. "A base da política progressista não é a maximização do crescimento econômico e da riqueza pessoal."

     Ainda segundo Hobsbawn, essa ideia deve ter como pauta fundamental a crise do meio ambiente em que vivemos hoje. Deste modo, pode-se associar essas conferências, como a Eco 92 e a Rio+20, como exemplos de políticas progressistas, em que não há obtenção de lucro individual mas sim uma tentativa de reverter a situação atual. Diante dessa situação, toda e qualquer medida deve ser tomada o mais rápido possível. "O tempo não está do nosso lado.", relata o autor.

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