domingo, 7 de outubro de 2012

O curativo das cotas

          A lei de cotas já aprovada pela presidente Dilma vem gerando muita polêmica na sociedade. O fato em questão é que esse projeto não atende diretamente um dos grandes problemas do Brasil: a precária e defasada educação pública. Assim, pois, a lei serve apenas como um curativo, disfarçando o real estrago e deixa, aparentemente, confortável, agradando a maioria dos estudantes que advém de escolas públicas.
         Impor as cotas nas Universidades Federais pode acarretar prejuízos em sua excelência, visto que elas respondem por 86% dos artigos científicos publicados internacionalmente, como mostra a reportagem "O erro das cotas" na revista  VEJA. Os alunos, pois, que ingressarem por meio delas não terão recursos que os possibilitem para acompanhar o sistema das federais, uma vez que eles tiveram uma qualidade de ensino muito aquém do que é exigido e necessário. Portanto, além de ter que nivelar os novos alunos, aqueles que já se adequam ao sistema serão prejudicados e, em consequência, essa excelência cai. 
        Além disso, deve-se ressaltar que a lei sancionada não traz nenhum mecanismo eficiente que mude a base da educação. Ela não vai fazer com que os alunos que se enquadrem nela estudam mais, pois já terão praticamente as suas vagas reservadas; e ela também não fará com que os professores da rede pública ganhem salários dignos para fazerem seus trabalhos da melhor qualidade possível.
        Em suma, é necessário, primeiro, investimentos nas estruturas de base para se chegar a um resultado sem falhas ou prejuízos. Mascarar ou esconder com um "bandaid" não resolve nem muda o fracasso que pe a atual educação pública brasileira

Giovanna Junqueira n20

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