domingo, 28 de outubro de 2012

O ilustre Karl Marx

Aproveitando um trabalho feito por nós ano passado, resolvemos montar um post sobre esse filósofo, relacionando também com conteúdo passado em aulas tanto de Filosofia, com o professor Ricardo Galvanezi, e de História Sociológica, com a professora Alessandra Lopes:


O ilustre Karl Marx
   
     Nascido na Alemanha, no dia 5 de maio de 1818, Karl Marx foi um filósofo e um economista que procurava entender a sociedade através da análise do capitalismo, com o objetivo de transformá-la. Marx era antes de tudo um revolucionário e sua principal missão era contribuir, de um modo ou de outro, para derrubar a sociedade capitalista.


     Sofria influência: da filosofia alemã, a qual afirmava que tudo que é real é também racional, e que questionava o que adiantava ter ideias se elas não pudessem ser executadas; da política socialista francesa, criticando os socialistas utópicos, ou seja, aqueles que fugiam da realidade, como Rousseau; da economia inglesa do século XIX que explorava a classe trabalhadora (essas três teorias tinham em comum o desejo de impor a transformação social implantando um império da razão e da justiça); e, por último, do filósofo Hegel, o qual o influenciou na teoria “dialética” (razão do ser). Hegel dizia que o que move a história é a ideia, já Marx afirmava que o que a move é o materialismo.
“A anatomia da sociedade deve ser procurada na análise das relações de produção.” (K. M.)
  • Notou que a mercadoria quando era finalizada, não mantinha o valor real da venda. O que ele queria relatar é que a mercadoria parecia perder a sua relação com o trabalho e a vida própria.
  • Para ele o homem é um bicho que só liga para o materialismo, o que influência na maneira como nos relacionamos na sociedade. Desenvolveu o conceito de alienação, mostrando que a industrialização, a propriedade privada e o assalariamento separavam o trabalhador dos meios de produção que se tornaram propriedade privada do capitalismo. 
  • Ele possuía também uma reflexão crítica sobre a sociedade. Proclamava a inexistência da igualdade social natural e tinha a ideia de que a revolução deveria implicar mudanças radicais e globais para romper com a dominação da burguesia, a qual vendia a sua força de trabalho.
  • Para Marx, o valor da necessidade capitalista vem do trabalho do homem; todavia, os homens não percebem que isso realmente ocorre e acreditam que as mercadorias possuem um valor próprio e não a partir do trabalho humano. Isso permite que se sujeitem a lógica da mercadoria.
  • Marx criou o conceito de mais valia, a absoluta que era o aumento da jornada de trabalho e a relativa, que era o aumento da intensidade de trabalho que pode se dar pela melhoria da tecnologia, aumentando a produtividade.

     Sua principal obra foi “O Capital”, em que realizou uma pesquisa sobre o modo de produção capitalista e as condições de superá-la, em busca de uma sociedade sem classes ou propriedade privada.
“As ideias dominantes de cada época sempre foram as ideias de sua classe dominante” (K. M.)
     Seu sistema de pensamento é criado a partir do modo de produção capitalista. Para ele ocorreram diferentes processos de trabalho ao longo da historia do capitalismo, os quais são por ele caracterizados como os mais importantes elementos para a compreensão das transformações econômicas, sociais e políticas. Eram estes:

A organização da produção em cooperação simples, que era a divisão do trabalho que se dá entre aquele que pensa e aquele que executa;
A manufatura, que é o trabalhador que ao invés de executar o produto inteiro, ele executa parte do seu processo de produção;
A máquinofatura, que é aquele que possui o dinheiro, reunindo um grupo de artesãos que não possuem mais o meio de produção;
A automação, que é o processo de trabalho que combina a programação e a autonomia das máquinas com o uso da mão de obra, diminuindo a força de trabalho na execução do produto.
“Trabalhadores do mundo, uni-vos.” (K. M.)
     Até hoje as ideias marxistas continuam a influenciar as ideias de muitos historiadores e cientistas sociais que independente de aceitarem ou não as teorias do pensador alemão, concordam com a ideia de que para se compreender uma sociedade precisa entender primeiro a sua forma de produção.

     Karl Marx faleceu em Londres em 14 de março de 1883, deixando muitos seguidores de seus ideais. Lenin foi um deles, que governando a União Soviética usou ideias marxistas para sustentar o comunismo que sobre sua liderança foi renomeado para marxismo-leninismo.
“Sem sombra de dúvida, a vontade do capitalista consiste em encher os bolsos, mais que possa. E o que temos a fazer não é divagar acerca de sua vontade, mas investigar o seu poder, os limites desse poder e o caráter desses limites.” (K. M.)

     Já que estamos aprendendo sobre o período entre guerras, vale a pena citar a crítica do pensamento marxista sobre o empobrecimento do proletariado (aquele que possui a força de trabalho como propriedade) ocasionado pelo desenvolvimento capitalista. Segundo ele, os países precisavam de um exército industrial de reserva, que seria nada mais nada menos do que uma reserva de gente pobre que será utilizada ou desprezada de acordo com a vontade do capitalista.

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