segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Cotas: uma forma de enganar o povo

Igualando os desiguais

Sancionada, pela presidente Dilma Roussef, a lei que reserva 50% das vagas de universidades federais para alunos oriundos de escolas públicas, uma crescente discussão vem tomando conta do país. A entrada de estudantes despreparados no ensino superior pode causar uma deficiência na manutenção da qualidade de seu ensino. Além disso, será que a Lei de Cotas não seria uma maneira de corrigir distorções na precária educação pública?
As universidades federais respondem por 86% dos artigos científicos publicados internacionalmente, conforme mostrou a revista Veja. Isso só é possível quando a instituição atrai para si os professores e alunos mais bem preparados. Com a imposição da política de cotas, o ensino dessas faculdades poderá ser afetado, devido a entrada de estudantes sem uma boa base educacional. A culpa de tal desnível não é dos cotistas, mas das escolas.
A Lei de Cotas não passa de uma forma de reparar as injustiças sociais. Essa política possui validade de dez anos a contar de sua publicação. Porém, seria muito mais vantajoso para todo o país que, nesse mesmo período de tempo, o governo investisse na educação de base das escolas públicas. Pelo menos dessa forma, esses alunos teriam a chance de disputar de igual para igual com estudantes de outras instituições, não precisando que as universidades federais tivessem que se preocupar em ensinar a quem não aprendeu o que deveria nos anos precedentes.
Portanto, o ideal seria realizar mudanças radicais no ensino de base público, pois dessa forma não haveria desníveis de qualidade das universidades federais e todos os jovens, tanto os de baixa quanto os de alta renda, teriam oportunidades iguais de realizar um ensino superior qualificado.

Tatiana Faia n°36

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O fenômeno El Niño


De acordo com o previsto pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), o fenômeno El Niño poderá voltar em setembro e outubro, visto que a temperatura da superfície do mar no Pacífico tropical aumentou em julho e agosto deste ano a níveis correspondentes de ser um El Niño. Atualmente, o sistema oceano-atmosfera está neutro, não correspondendo a nada, mas se isso for mesmo confirmado, o fenômeno será de fraca intensidade.
No El Niño, que ocore em intervalos de 2 a 7 anos, os ventos sopram com menos força em todo o centro do Oceano Pacífico, resultando numa diminuição do reaparecimento de águas profundas e na acumulação de água mais quente que o normal na costa oeste da América do Sul e como consequência, a diminuição da produtividade primária e das populações de peixe. Isso ocorre principalmente no fim do ano, daí a designação que significa “O Menino”, referindo-se ao “Menino Jesus”, relacionado com o Natal.
Outra consequência é a alteração do clima em todo o Pacífico equatorial: as massas de ar quentes e úmidas acompanham a água mais quente, provocando chuvas excepcionais na costa oeste da América do Sul e secas na Indonésia e Austrália. Pensa-se que este fenômeno é acompanhado pela deslocação de massas de ar a nível global, provocando alterações do clima em todo o mundo. Por exemplo, durante um ano com El Niño, o inverno é mais quente que a média nos estados centrais dos Estados Unidos, enquanto que nos do sul há mais chuva; por outro lado, os estados do noroeste do Pacífico (Oregon, Washington, Colúmbia Britânica) têm um inverno mais seco. Os verões excepcionalmente quentes na Europa e as secas na África parecem estar igualmente relacionadas com o aparecimento do El Niño. Conhecido como o fenômeno inverso, há o La Niña, caracterizado por temperaturas anormalmente frias, também no fim do ano, na região equatorial do Oceano Pacifico, muitas vezes (mas não sempre) seguindo-se a um El Niño. Também já foi denominado como “El Viejo” (“O Velho”, ou seja, a antítese do “menino”) ou ainda o “Anti-El Niño”.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Proibido proibir!


Analisando e entendendo o filme "Batismo de sangue"

 A obra contribui para o entendimento do projeto proposto pela ALN – Ação Libertadora Nacional: “O programa básico do movimento dirigido por Carlos Marighella propunha ‘derrubar a ditadura militar’ e ‘formar um governo revolucionário do povo’; ‘expulsar do país os norte-americanos’; ‘expropriar os latifundiários’ e ‘melhorar as condições das condições da vida dos operários, dos camponeses e das classes médias’; ‘acabar com a censura, instituir a liberdade, de crítica e de organização’; retirar o Brasil da posição de satélite da política externa dos Estados Unidos e colocá-lo, no plano mundial, como uma nação independente’”. (p.60).
 Também é possível entender a grandeza, a coragem e o compromisso cristão que nutria os religiosos que ousaram enfrentar o regime. Um exemplo disso está nas palavras de Frei Tito; um dos que sofreu as mais duras torturas físicas na prisão. Cinco dias antes de ser preso, disse: “Muitas vezes somos arrastados para onde não queremos ir. Temo que isso venha a acontecer com o conjunto da Igreja do Brasil. Se vier, e se for como conseqüência de uma fidelidade e de uma responsabilidade mais profundas ao Evangelho, que seja bem-vinda esta hora.” (p.259).
 Fica evidente na obra a escolha de dois personagens para sintetizar os ideais de dois grupos: Os revolucionários marxistas, representados pelo mártir Carlos Marighella, estudantes e intelectuais, e os revolucionários cristãos, representados pelos padres dominicanos, do qual Frei Tito de Alencar Lima foi o maior dos mártires.
Num dos depoimentos das torturas sofridas por Frei Tito é possível perceber o que levou ao desfecho trágico de sua morte: “Dois fios foram amarrados em minhas mãos e um na orelha esquerda. A cada descarga eu estremecia todo, como se o organismo fosse se decompor. Da sessão de choques passaram-me ao pau-de-arara. (...) Uma hora depois, como o corpo todo ferido e sangrando, desmaiei. Fui desamarrado e reanimado. Conduziram-me a outra sala dizendo que passariam a descarga de 220 volts a fim de eu falasse ‘antes de morrer’ (...) ”. (p.263)

Crítica:
 Essa leitura é recomendada, em especial aos educadores, líderes comunitários e religiosos e a todas as pessoas formadoras de opinião. A retrospectiva a um dos períodos mais vergonhosos da história brasileira serve para avaliar os avanços e “retrocessos” dos direitos humanos no país. Os retrocessos ou ausência de mudanças podem ser constatados em várias unidades carcerárias do Brasil onde a tortura é ainda realidade infame e desumana. A estruturação, funcionamento e atuação do aparato de defesa brasileira entre elas, Exército, Marinha e aeronáutica e das polícias, principalmente a Policia Militar, ainda carrega o ranço ditatorial e coronelista dos generais da ditadura. Não seria tempo de repensarmos como país “a extinção” dessas organizações paramilitares?
 A obra também permite reflexão sobre as ideologias que movem nossa gente e perguntar quem são hoje os/as grandes personagens da história brasileira. Onde estão os Marighellas? Os Titos? Os Edsons Luíses? Quem são os grandes personagens da nossa história atual que iluminam, que motivam nossa gente brasileira, em especial nossa juventude, a viver até as últimas conseqüências em defesa de uma grande ideologia? A final, quais são as ideologias que movem a juventude brasileira?

AI - 5:


O AI-5 (Ato Institucional número 5) foi o quinto decreto emitido pelo governo militar brasileiro (1964-1985). É considerado o mais duro golpe na democracia e deu poderes quase absolutos ao regime militar. Redigido pelo ministro da Justiça Luís Antônio da Gama e Silva, o AI-5 entrou em vigor em 13 de dezembro de 1968, durante o governo do então presidente Artur da Costa e Silva.

O AI-5 foi um represália ao discurso do deputado Márcio Moreira Alves, que pediu ao povo brasileiro que boicotasse as festividades de 7 de setembro de 1968, protestando assim contra o governo militar. A Câmara dos Deputados negou a licença para que o deputado fosse processado por este ato.

  • Determinações mais importantes do Ato Institucional Número 5:

- Concedia poder ao Presidente da República para dar recesso a Câmara dos Deputados, Assembléias Legislativas (estaduais) e Câmara de vereadores (Municipais). No período de recesso, o poder executivo federal assumiria as funções destes poderes legislativos;
- Concedia poder ao Presidente da República para intervir nos estados e municípios, sem respeitar as limitações constitucionais;
- Concedia poder ao Presidente da República para suspender os direitos políticos, pelo período de 10 anos, de qualquer cidadão brasileiro;
- Concedia poder ao Presidente da República para cassar mandatos de deputados federais, estaduais e vereadores;
- Proibia manifestações populares de caráter político;
- Suspendia o direito de habeas corpus (em casos de crime político, crimes contra ordem econômica, segurança nacional e economia popular).
- Impunha a censura prévia para jornais, revistas, livros, peças de teatro e músicas.

  • Fim do AI-5

No ano de 1978, no governo Ernesto Geisel, o AI-5 foi extinto e o habeas corpus restaurado.




Análise:

 Baseando-se no contexto mostrado no filme Batismo de Sangue proposto em aula, podemos fazer uma análise sociológica do regime ditatorial vivido pelo Brasil durante o período de 1964 a 1985.
 Devemos levar em conta o fato de uma ditadura em termos políticos centralizar a ideia de Estado, partido e governo numa só figura a fim de conseguir a partir disso um autoritarismo que garanta o poder do Estado sob o indivíduo e todas as esferas que sua vida engloba, gerando uma padronização social.
 Além disso, as liberdades e garantias individuais, antes asseguradas por uma constituição liberal e cidadã, são suprimidas e qualquer reunião tanto partidária como sindicalista é duramente reprimida pelo governo.



quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Batismo de Sangue

A ditadura militar é claramente apresentada no filme '' O batismo de Sangue'' , o qual foi um período da história política do Brasil.
Em 1964, os militares assumiram o poder através de um golpe, e governaram o país por 21 anos, até 1985, instalando durante esse tempo, um regime ditatorial.

Autores afirmam que a ditadura não foi exclusivamente militar, e sim civil-militar. Algumas das características desse período foram: falta de democracia, repressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e militar, e restrição do exercício da cidadania.

Quanto à econômia, o governo colocou em prática, um projeto desenvolvimentista, que levou à resultados bastante contraditórios, onde o país entrou em uma fase de industrialização e crescimento acelerados, sem beneficiar a maioria da pop
ulação, principalmente a classe trabalhadora.
O filme relata também de forma chocante e real, as terríveis ameaças e torturas sofridas durante o período ditatorial.
A tortura passou a ser frequentemente empregada nos interrogatórios feitos por militares, para obter informações de pessoas envolvidas com a luta armada.
Militares americanos '' ensinavam'' grupos policiais e militares brasileiros a agredir os interrogados.
As torturas começavam no ato da prisão, onde invadiam casas, e locais de trabalho.
Entre os tipos de tortura,.os principais eram: o ''pau-de-arara'' - barra de ferro que era atravessada e amarrada entre os punhos e dobras do joelho, sendo o conjunto colocado entre duas mesas, ficando assim, o corpo do torturado pendurado; o '' choque elétrico'' - dois fios eram ligados ao corpo nú, soltando uma descarga elétrica nos orgãos sexuais, além de ouvidos, dentes, língua, e dedos; o '' afogamento'' - colocavam uma mangueira, ou tubo de borracha dentro da boca do agredido para obrigá-lo a engolir água; a ''palmatória'' - raquete de madeira, muito pesada, onde vítmas eram agredidas em várias partes do corpo, principalmente nos orgãos genitais, além de agressões psicológicas.
Esses filmes, realizados em contextos históricos diferenciados, nos permite analisar a subjetividade da realidade, à partir da ideia da representação real de acontecimentos que são na maioria das vezes omitidas.
Batismo de Sangue mostra uma das formas de torturas utilizadas com mulheres, e pouco a pouco, o espectador acompanha a derrota mental do personagem, levando ao suícidio.
Portanto, esse filme é coerente com uma atitude educacional: mostrar à populaçao as atrocidades políticas que ocorreram em um passado não tão distante.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

                                                        Ditadura 

O Regime militar  foi o período da política brasileira em que militares conduziram o país. Essa época ficou marcada na história do Brasil através da prática de vários Atos Institucionais que colocavam em prática a censura, a perseguição política, a supressão de direitos constitucionais, a falta total de democracia e a repressão àqueles que eram contrários ao regime militar.
A Ditadura militar no Brasil teve seu início com o golpe militar de 31 de março de 1964, resultando no afastamento do Presidente da República, João Goulart, e tomando o poder o Marechal Castelo Branco. Este golpe de estado, caracterizado por personagens afinados como uma revolução instituiu no país uma ditadura militar, que durou até a eleição de Tancredo Neves em 1985. Os militares na época justificaram o golpe, sob a alegação de que havia uma ameaça comunista no país.
 A liberdade de expressão e de organização era quase inexistente. Partidos políticos, sindicatos, agremiações estudantis e outras organizações representativas da sociedade foram suprimidas ou sofreram interferência do governo. Os meios de comunicação e as manifestações artísticas foram reprimidos pela censura. A década de 1960 iniciou também, um período de grandes transformações na economia do Brasil,  de modernização da indústria e dos serviços, de concentração de renda, de abertura ao capital estrangeiro e do endividamento externo. 

No filme batismo de sangue,mostra como os jovens eram oprimidos e como eles faziam para tentar fugir dessa opressão,aonde se reuniam para tentar alguma revolução,muitos sofreram demasiadamente,sendo torturados de varias formas,por irem contra o governo,uma parte dos jovens,depois algum tempo se mataram pelo fato de não aguentarem mais essa verdadeira prisão que o Brasil estava se tornando e por não aguentarem mais as torturas que eles sofriam.A ditadura militar foi um momento marcante para o mundo todo,e que até hoje é lembrada com muita tristeza. 

Essa foi uma musica de Chico Buarque e Gilberto Gil ,ela foi criada na época da ditadura,onde não haviam meios de expressar a repressão que o povo estava sofrendo do governo,e a música virou uma alternativa de se expressar sem que o governo percebesse...

http://www.youtube.com/watch?v=13SqV1lQ-TQ


Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta
(refrão)
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa
(refrão)
De muito gorda a porca já não anda
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, pai, abrir a porta
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade
Mesmo calado o peito, resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade
(refrão)
Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado
Quero inventar o meu próprio pecado
Quero morrer do meu próprio veneno
Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Quero cheirar fumaça de óleo diesel
Me embriagar até que alguem me esqueça

E aqui tem uma pequena análise de um pedaço da música para quem não percebeu que algumas palavras tinham mais que um sentido...
A palavra calise tem 3 sentidos: calice de calar a boca, calice a taça(para não alarmar as altoridades sobre a musica e seu sentido)e calice da igreja que é o que contem o vinho que simboliza o sangue.
Outro trecho importante é a parte
(Na arquibancada, pra a qualquer momento ver emergir o monstro da lagoa)
, nessa parte retrata a um ditador que gostava de assistir jogos de futebol na arquibancada, então esse emergir do monstro, se refere ao ditador que se levanta na ignorancia do povo da época.
os que lutavam eram a maioria daqueles que tinham inteligencia, força de vontade e sabiam o que acontecia na época com o país!


terça-feira, 18 de setembro de 2012

As facetas da sociedade

Uma breve análise da classe média atual


Baseando-se na teoria posta por Marilena Chauí, a sociedade está hoje dividida em três camada principais: a classe dominante que detêm os meios de produção e o poder econômico e político; a classe subjugada que tem em suas mãos a força de trabalho e o poder social quando organizada em sindicatos, no sentido de lutar por participação e pelos seus direitos de forma efetiva; e por fim, entre essas duas temos uma sufocada classe media que apresenta poder ideológico e a qual iremos avaliar com mais rigor.

Vivemos hoje um fenômeno social em que ocorreu uma cristalização de ideais, em que a classe media é reacionária, conservadora e autoritária. Nessas condições, suas visões são o tripé de uma sociedade por completo, portanto seus preconceitos são traduzidos em desigualdades já que ocorre uma naturalização desse pensamento. No contexto do Neoliberalismo, observa-se o alargamento do espaço privado em detrimento do público, onde ocorre uma exposição da vida e da intimidade de alguém de forma muito banal. Temos além disso, a massificação do conhecimento que nas mãos dessa classe se torna um bem de consumo. Nela, a ética foi se deteriorando e a visão dos fatos se tornou autofacista. O suporte ideológico dentro dessa sociedade está, sem dúvidas, nas mãos dessa classe mediana.

Esse bloco não é homogêneo, como se pensa, dentro dele temos uma elite intelectual que se põe contra ideias hegemônicas e cria novos ideais, pondo os vigente em questionamento, ainda que essa parte seja minoria, ela é responsável significamente pelas mudanças que ocorrem em uma sociedade quando se diz respeito a valores. Seria essa que se foi repreendida no período da ditadura, já que a classe media como um todo funcionava como sustentáculo ideológico e a minoria em questão punha em risco tal contexto.

Hoje temos uma classe social que se encontra estagnada em todos os sentidos, pode-se até questionar-se se essa classe não seria um alargamento das outras duas, tornando-a meramente fictícia em termos sociais.

domingo, 16 de setembro de 2012

Música na Ditadura Militar


        Em 1968, os estudantes continuavam a ser os maiores inimigos do regime militar. Reprimidos, passaram a ter voz através da música.A música popular brasileira começa a atingir as grandes massas, ousando falar o que não era permitido à nação. Os cantores protestavam por meio de analise de mensagens subliminares embutidas nas canções. E isso começou a incomodar os militares. A censura passou a ser a melhor forma de a ditadura combater as músicas de protesto e de cunho que pudesse extrapolar a moral da sociedade dominante e amiga do regime.
        Para censurar a arte e as suas vertentes, foi criada a Divisão de Censura de Diversões Públicas (DCDP), por onde deveriam previamente, passar todas as canções antes de executados nos meios públicos. Esta censura prévia não obedecia a qualquer critério, os censores poderiam vetar tanto por motivos políticos, ou de proteção à moral vigente, como por simplesmente não perceberem o que o autor queria dizer com o conteúdo. A censura além de cerceadora era de uma imbecilidade jamais repetida na história cultural brasileira.

http://www.youtube.com/watch?v=qhvXQj8CFmM



Chico Buarque, o Alvo Predileto da Censura Militar 

Chico Buarque foi o compositor e cantor mais censurado. A sua obra sofreu respingos da censura em todas as vertentes, tanto nas canções de protesto, quanto nas que feriam os costumes morais da época.

Um exemplo foi seu álbum “Calabar” 

Exilado na Itália, de 1969 a 1970, Chico Buarque sofreria com a perseguição da censura após o retorno ao Brasil. Em 1970, recém chegado do exílio, o compositor enviou a música “Apesar de Você” para a aprovação da censura, tendo a certeza que a música seria vetada. Inesperadamente a canção foi aprovada, sendo gravada imediatamente em compacto, tornando-se um sucesso instantâneo. Já se tinha vendido mais de 100 mil cópias, quando um jornal comentou que a música referia-se ao presidente Médici. Revelado o ardil, o exército brasileiro invadiu a fábrica da Philips, apreendendo todos os discos, destruindo-os.Na confusão, esqueceram de destruir a matriz.
Em 1973 Chico Buarque sofreria todas as censuras possíveis. A peça “Calabar, ou o Elogio à Traição”, escrita em parceria com Ruy Guerra, foi vetada pela censura. As conseqüências da proibição viriam no seu álbum, “Calabar”, também daquele ano. A capa do disco trazia a palavra “Calabar” pichada num muro. Os censores concluíram que aquela palavra pichada tinha um significado subversivo, o que resultou na proibição da capa.


                                                      Das verdes às cinzas
O desmatamento da Floresta Amazônica cresceu quase 15% e preocupa a população.

Conforme os anos vão se passando,nós esquecemos o quanto a natureza é importante em nossas vidas.Uma pesquisa feita pelo Instituto nacional de pesquisas Especiais(inpe) mostra que o ritmo de desmatamento na Amazõnia cresceu14,6%.Com a modernização do mundo,nós esquecemos que ainda precisamos preservar a natureza,e as industrias moveleiras   por exemplo,só pensam em derrubar mais e mais árvores e esquecem que chegará um momento que não haverá mais a Floresta Amazônica,por isso eles deveriam plantar também,pois se não houver árvores,não haverá matéria-prima para produzir os móveis.Se nós não pararmos de desmatar nossas florestas ou se não começarmos a reflorestar,em menos tempo do que imaginamos,nossa mata linda,verde e cheia de vida passará a ser feia,cinza e sem vida.

Maria Paula Diegues nº26 

O caos na educação brasileira


O Brasil não está passando por um bom momento na educação, tendo grandes impactos na sociedade, pela péssima qualidade no ensino e a divergência de opiniões sobre as novas regras da lei de cotas sancionada pela presidente. Portanto, é bom entender como a educação funciona no nosso país.
A responsabilidade pela educação no Brasil se divide entre os governos federal, estadual e municipal, com uma grande presença do setor privado. E não é verdade que se gaste pouco com isso. A Constituição Federal determina que dos impostos, a União aplique pelo menos 18% em educação e os estados e municípios 25%. Esta determinação tem sido respeitada e é responsável pelo aumento dos recursos para a educação que ocorreu a partir de 1989. Mas o Brasil é um dos países com maior percentual de despesas públicas em educação (17,7% em 1988), o que significa que a prioridade da educação como política governamental está inserida nos orçamentos. O fato de o PIB ter se mantido quase constante na década 1980/1990, apesar de a população escolar crescer aproximadamente 2% ao ano, trouxe problemas nas escolas públicas de primeiro e segundo graus. Como as grandes taxas de repetência na educação básica, que são mais de 50% para os alunos de primeira série de primeiro grau. O estudante brasileiro permanece em média 8,5 anos nas escolas, mas só consegue chegar até a sexta série. Em relação à qualidade, não existe no Brasil acompanhamento sobre o que os alunos que completam os diferentes níveis educacionais aprendem. Desta forma, estes problemas impactam no ingresso ao mercado de trabalho de mão de obra qualificada.
Além do que, o que causou grande polêmica na sociedade foi o aumento das cotas, na qual 50% das vagas em universidades federais são para estudantes de escolas públicas. Muitas pessoas são contra e muitas a favor. De acordo com Alzimar D’agustine, diretor de um colégio particular o processo de aprendizagem brasileiro fica ainda mais prejudicado com a inserção das cotas nas universidades federais. O novo sistema desrespeita a igualdade de acesso à educação de qualidade prevista pela Constituição. “Se houvesse qualidade nos conteúdos ministrados nas escolas públicas, não seria necessário abrir cotas na educação superior. As pessoas estariam preparadas para entrar na universidade. É clara a incompetência na educação. O próprio governo está reconhecendo a péssima qualidade da educação pública básica.”
Conclui-se que o país precisa tomar medidas de melhoria do ensino público para que ele se iguale a países de primeiro mundo.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Preconceito racial

      No ano de 1865, no sul dos EUA, surgiu um grupo racista - formado por jovens veteranos da Confederação Sulista - denominado Ku Klux Klan (KKK). Essa sociedade possui visão política de extrema direita e também tem como característica a utilização de capuzes brancos. O que começou como uma espécie de "brincadeira", passou a ter objetivos de perseguir negros (ex-escravos libertos na Guerra de Secessão) montando cavalo e aterrorizando-os - também aqueles que os defendem -, pregando a supremacia branca.

   
    O preconceito é uma ideia pré-concebida, uma atitude de alienação a tudo aquilo que foge dos padrões da sociedade. Este, afeta a todos, fazendo com que, muitas vezes, pessoas se manifestem através da intolerância,  da discriminação e até do ódio.  Esse ódio vem acompanhado da violência, como na KKK, podendo sair totalmente do controle. Justamente no caso do preconceito racial, a base que se tem, é determinada por apenas características superficiais, físicas. Aqueles que são racistas,  acreditam que a moralidade e a inteligência são traços que são determinados biologicamente, não podendo ser mudados. A determinação de uma raça como inferior não é algo justificável. A cor da pele de uma pessoa não define, de forma alguma, sua capacidade intelectual ou determina seu caráter. Este preconceito poderá algum dia, chegar ao fim? No mundo atual, têm-se implantado políticas contra a discriminação racial, além de que presenciamos figuras negras importantes e influentes como por exemplo Barack Obama, Lewis Hamilton, Naomi Campbell, Oprah Winfrey, ministro Joaquim Barbosa, entre outros. Será esse o início do fim? Ou apenas pequenos passos para que, um dia, ele possa ter um fim?

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Breve análise do filme "Batismo de Sangue"



Em 1964, os militares chegarão ao poder do país por um golpe de estado, com a derrubada de um presidente eleito democraticamente e a instauração de um regime alinhado a politica norte-americana, o qual se valerá de atitudes brutais de repressão para atingir os seus objetivos, exercendo um verdadeiro terrorismo de estado.

O bipolarismo que se instala no mundo no início da guerra fria terá uma série de reflexos, como no próprio caso do Brasil. A Ditatura Militar terá por principal ideologia a necessidade da “proteção” do país diante da “ameaça comunista” que crescia no mundo, e assim se justificarão também os duros processos de repressão política, civil e sobre as liberdades individuais de muitos cidadãos.


No filme temos a representação de jovens pertencentes à igreja, que dentro de si própria possuía ambiguidades, com setores de esquerda e setores de direita. No caso, há um retrato de jovens estudantes e padres dominicanos que se aliam a movimentos de contestação ao regime militar, apoiadores da chamada “teologia de libertação”.

Nesta forma de pensar, a qual pode ser entendida como uma formulação da teologia tradicional europeia no contexto latino-americano, e que partiu da realidade de indivíduos que viviam (e ainda vivem) sob condições miseráveis e de marginalização, além dos próprios ensinamentos Bíblicos.

Como exibido no filme, um dos papeis exercidos pelo grupo que envolvia Frei Betto e Tito, era o de colaborar com organizações clandestinas que combatiam o regime militar. Tal colaboração residia na disponibilização de transporte e segurança para perseguidos, bem como o auxilio na comunicação entre os integrantes.

Em resposta a esses papeis, portanto, que se apresentam a maior arma do governo do período: a violência. Pela atitude que é denominada “terrorismo de estado”, algumas das cenas mais marcantes representam as torturas psicológicas e físicas as quais os “inimigos do regime” eram submetidos, representando não só os variados métodos existentes, (como o pau de arara, o espancamento e o uso do choque elétrico) mas o efeito que elas têm na instauração do medo na sociedade – fato que marcará para sempre uma geração que tinha em comum a determinação na busca pela justiça.

Foto do julgamento real dos padres dominicanos


Revolta contra filme americano

Bandeira dos EUA é queimada em protesto a filme.

Recentemente ataques de multidões muçulmanas a consulados e embaixadas americanas aconteceram devido a um filme norte-americano que ofende o Islã e o profeta Maomé, o trailer do filme ''A inocência dos muçulmanos'' foi divulgado na internet e repercutiu negativamente em diversos paises muçulmanos. Os protestos ganharam repercussão internacional com incidentes na embaixada americana no Egito, além de outros países islamicos, como o Iemen, Ira e Líbia. Tres americanos e um embaixador dos EUA na Síria foram mortos. O filme foi dirigido e produzido por uma pessoa identificada como Sam Bacile, um corretor imobiliário israelense-americano de 54 anos, que afirma que o Islã é "uma religião do ódio". O diretor não sai de casa, com medo de ser assassinado. O Talibã e a Al-Qaeda prometeram vingança"contra os americanos por conta da publicação do vídeo.


                                                                                                                                  Jhonnie Blogger