quarta-feira, 7 de novembro de 2012

FARC


As Forças Armadas Revolucionárias Colômbia–Exército do Povo (Farc) junto com o governo da Colômbia negociaram, mês passado, um acordo que deve encerrar o último grande conflito armado da América Latina, que vêm ocorrendo por 50 anos, e que também pode ter impacto na vida de milhares de colombianos e na produção de coca. Ele começou publicamente em Oslo, Noruega, mas se desenvolverá em Cuba.  Essa negociação já foi tentada 3 vezes, mas falhou: entre 1984 e 1987 com o ex-presidente Belisario Betancur; entre 1991 e 1992 com o ex-presidente César Gaviria; e entre 1999 e 2002 com o ex-presidente Andrés Pastrana. Algumas das questões discutidas são: direito das vítimas da guerrilha, narcotráfico e participação de líderes das Farc na política. 
As Farc surgiu como um grupo marxista-leninista, atuando no meio rural e adotando táticas de guerrilha. Essa organização tem como discurso ideológico a implantação do socialismo na Colômbia, promovendo a distribuição igualitária de renda, a reforma agrária, o fim de governos corruptos e das relações políticas e econômicas com os Estados Unidos, entre outros aspectos sociais, sendo que praticam sequestros e e contrabando de drogas para obter dinheiro e se equipar militarmente. Durante a década de 1990, a organização chegou a dominar cerca de 40% do território colombiano, possuindo mais de 18 mil guerrilheiros, passando a ser considerada uma organização terrorista pelo governo da Colômbia, Estados Unidos, Canadá e União Européia. Porém, as ações do Exército nacional, financiado pelos EUA, expulsou o grupo para regiões próximas à fronteira com países vizinhos. Essa atitude do governo “enfraqueceu” o movimento, que, atualmente, é formado por aproximadamente oito mil guerrilheiros. 

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