Como sabemos, 2012 é o ano do centenário de um dos maiores escritores brasileiros: Jorge Amado. Portanto, iremos dividir esse curto espaço que temos no blog com esse baiano arretado e suas obras que continuam a encantar o mundo inteiro.
Jorge Amado, um dos representantes do ciclo do romance baiano, nasceu em Itabuna, Bahia, em 10 de agosto de 1912. É considerado é dos principais representantes do romance regionalista da Bahia.
Este romancista brasileiro é um dos mais lidos no Brasil e no mundo. Com livros traduzidos para diversos idiomas, suas obras refletem a realidade dos temas, paisagens, dramas humanos, secas e migração.
Escritor desde a adolescência, Jorge Amado segue o estilo literário do romance moderno. Em seus livros existe o domínio do físico sobre a consciência. Suas personagens geralmente são plantadores de cacau, pescadores, artesãos e gente que vive próximo ao cais, em Salvador, capital da Bahia.
O estilo deste autor também é conhecido como romance da terra e seus livros possuem uma linguagem agradável e de fácil compreensão. Suas obras literárias conquistaram não só os falantes da língua portuguesa como de outros idiomas: inglês, espanhol, francês, italiano, alemão, etc.
Morreu em Salvador ( Bahia ), no dia 6 de Agosto de 2001, quatro dias antes de completar 89 anos de idade.
Para homenagear esse inesquecível autor nada melhor do que relembrar suas obras mais marcantes:
- Capitães da areia
- Tieta do Agreste
Década de 1970. A Bahia – a “Nova Bahia”, como então se dizia – sob o impacto da indústria petroquímica. O mar de Iemanjá ameaçado de se converter em depósito de metais pesados. A cidade povoando-se de hotéis e agências publicitárias. A população inflando. O paraíso hippie-contracultural de Arembepe anexado a um anel industrial. É nesse contexto que Jorge Amado publica, em 1977, Tieta do Agreste, romance escrito entre a praia de Buraquinho e a cidade de Londres. O livro é a recriação da vida cotidiana numa pequena cidade do litoral norte da Bahia, próxima à foz do Rio Real, região de Mangue Seco, num momento crucial de sua história – momento em que a sua paz, a sua vegetação, as suas dunas e as suas praias se transformam em alvo de uma empresa poluidora, a Brastânio, Indústria Brasileira de Titânio S. A. É nesse horizonte que se movem personagens como Dário Queluz, Ascânio, o vate Barbozinha, o seminarista Ricardo, Zé Esteves, Carmosinha, Elisa, Perpétua. Mas, sobretudo, Tieta – a pastora de cabras que fizera fortuna em São Paulo, gerenciando moças para políticos e empresários, e que agora retorna, buscando um paraíso que vê se perder.
- Dona flor e seus dois maridos
Conta Jorge Amado que, certa feita, conheceu uma senhora que vivia atormentada. Tinha sido casada com um boêmio, enviuvou, casou-se de novo – desta vez, com um português bem comportado. Ia tudo muito bem, até que o primeiro marido começou a aparecer em seus sonhos, querendo ir para a cama com ela. Daí a sua perturbação. Uns trinta anos mais tarde, caminhando com um amigo pelas ruas de Salvador, Jorge Amado viu um sujeito todo vestido de branco, estirado numa escadaria, num tremendo porre. Lembrou-se, de imediato, de um amigo de juventude, Vadinho – sujeito rico, farrista, jogador, que vivia “perdendo dinheiro e ganhando mulheres”. Alguns quarteirões adiante, topou com uma placa, fixada na porta de uma casa, onde se lia: Escola de Culinária Sabor e Arte. Para completar o quadro, Jorge Amado e seu amigo se extasiaram, nessa mesma tarde, com a visão de uma belíssima morena, debruçada na janela de um sobrado. Jorge Amado comentou então que, àquela morena deslumbrante, Vadinho certamente teria dito: “quero saborear-te”. De repente, as cenas desse passeio a pé por Salvador se fundiram com as imagens da senhora aflita, assediada em sonhos pelo primeiro marido. Tudo se acoplou de tal forma que, no dia seguinte, Jorge Amado já estava em cima da máquina, escrevendo um novo romance. E assim veio à luz, em 1966, a história de Flor, dona da conceituada Escola de Culinária Sabor e Arte, e de Vadinho e Teodoro, seus dois maridos.
- Gabriela, cravo e canela
A fundação da Casa de Jorge Amado tem a função de manter em nossas memórias os feitos desse inesquecível autor. Esta instituição promove e estimula a literatura baiana e, ao mesmo tempo, cultiva o espírito brasileiro pelo mundo a fora. Para mais informações sobre o nosso querido Amado e suas obras é só visitar o link abaixo. Boa leitura!
http://www.jorgeamado.org.br/?page_id=148
http://www.suapesquisa.com/jorgeamado/
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